Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro
Era longe o meu sonho e traiçoeiro o mar
(Só nos é concedida
Esta vida que temos
E é nela que é preciso
Procurar o velho paraíso
Que perdemos.)
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura.
O que importa é partir não é chegar.
Miguel Torga
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3 comments:
Be wellcome Johnnie boy !!! Sempre gostei deste poema (bem, sempre sim,mas só depois de o ter lido)deste grande senhor da literatura portuguesa. O que importa é partir, vamos andando? grande beijo
mas olha que partir sem regressar pode não ser muito bom...bjs
É giro... fui ver o meu blog... tb escolhi uma citação deste poema para começar...
aminhaviagem.blogspot.com
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