Thursday, July 28, 2005

Ayutthaya, Tailândia














A poucos quilómetros a norte de Bangkok, esta cidade histórica faz também parte do Best of da Humanidade segundo a Unesco. Tal como Sukkothai, no norte da Tailândia, esta cidade preserva a memória histórica do antigo Reino de Sião, tendo sobrevivido a pilhagens e ocupações ao longe de séculos de intermitentes guerras com a Birmânia.

Um parque natural povoado de templos e estátuas do buddha adornadas de panos cor de açafrão, para percorrer calmamente de bicicleta por um dia inteiro. A confirmar in loco assim que possível.

Thursday, July 21, 2005

Best of Cannes - Vida de Cão















"Because dogs don't always have it easy", campanha da Pedigree Dog Treats.

[Podem ver outros exemplos em www.canneslions.com]

Tuesday, July 19, 2005

Razões para não emigrar

Anda tudo a querer sair de Portugal. A crise económica, os políticos, o túnel do Marquês, os fogareiros que escarram no chão sem pré-aviso, os Batanetes, enfim, há um sem-fim de razões para querermos embarcar no próximo avião para a Austrália.

Mas em prol da auto-estima nacional, diga-se que se não emigramos mesmo é porque há de facto razões para não querermos viver em mais lado nenhum. Para além da família, dos amigos, e do Benfica, claro.

Algumas das melhores razões para não emigrar, ou porque é que eu adoro a minha cidade e o país onde vivo:

- A vista de Lisboa ao entrar pela Ponte 25 de Abril.
- Viver em Lisboa a 15 minutos da praia.
- Não fazermos parte dos mapas da Al Qaeda.
- As noites de Verão, todas.
- Um fim de semana num turismo de habitação no Alentejo, ou noutro sítio qualquer.
- A bela da amarguinha, com gelo e limão.
- Um multibanco em cada esquina dá sempre jeito.
- O cheiro característico do Algarve, quando abrimos a janela do carro pela primeira vez à chegada.
- Toda a comida, e não só o peixe grelhado. Do Alentejo, principalmente.
- Em particular: amêijoas, caracóis, percebes, sardinhadas, migas, porco preto, chocos grelhados, caldo verde.
- A pastelaria. Mostrem-me um país que tenha um bom pastel de nata ou travesseiros.
- O café, também conhecido como "a bica". Curto, pingado, à italiana, comprido ou escaldado. E a meia de leite, galão, carioca e garoto.
- A nossa mania carinhosa de acabar palavras com "inho". "Um cafézinho", "um jantarinho", etc.
- Aquelas duas palavras que só existem em português: "saudade" e "desenrascar".
- Ainda sermos uma pequena aldeia de 10 milhões de vizinhos.
- Apesar de pequeno ainda tem infinitos sítios por descobrir.

Friday, July 15, 2005

Ideias para um filme - o Twist Total

A indústria de Hollywood anda fraca de ideias. Cada vez mais, em vez de apostar numa ideia realmente original, atira milhões de dólares para cima de um orçamento, na esperança que um nome sonante no cartaz e um festim de efeitos especiais disfarcem a falta de um bom argumento.

Mas em vez de nos continuarmos a queixar, é tempo de contribuir com ideias concretas para salvar a indústria do cinema.

A minha ideia de hoje é o Twist Total.

Nos últimos anos, filmes como o Sexto Sentido ou Usual Suspects lançaram um género: o twist. Consiste em construir um argumento linear até aos últimos 5 minutos do filme, e aí dar uma reviravolta total na história. Alguns destes filmes ficaram para a história do cinema, mas também esta fórmula está gasta, depois de inevitavelmente ter sido copiada à exaustão.

O Twist Total vai um passo à frente. Aqui o objectivo é dar vários twists à história, ao longo do filme. Mais: em cada twist, o filme muda radicalmente de género.

Imaginem isto: um filme com Morgan Freeman, Haley Joel Osment, Gary Oldman e Juliette Binoche. Casting de respeito.

O filme tem tudo para ser um drama romântico, uma mistura de Shawshank Redemption e O Paciente Inglês. E durante 45 minutos, assim é, quase a levar-nos às lágrimas.

Mas no primeiro twist, o filme supreendentemente muda de género, para o filme de terror. Afinal o pequeno Haley Joel não é apenas um miúdo gago e inadaptado no liceu, está na verdade possuído por um espírito maligno que o força a gaguejar palavrões e a vomitar o conteúdo da lancheira para cima dos professores, e Gary Oldman é encarregue de o exorcizar.

Depois de 15 minutos de sangue na pior tradição gore, novo twist para a comédia non-sense, tipo Dumb & Dumber. Durante meia hora assistimos ao Morgan Freeman a rir-se dos seus próprios traques e a um memorável festival de arrotos da Juliette Binoche.

Subitamente, toda a gente começa a cantar sem motivo aparente e o filme transforma-se num musical, Gary Oldman a mostrar os seus passos de dança e o Haley Joel a fazer breakdance. Um pouco desnecessário, mas sem dúvida surpreendente e apreciado pelos fãs do musical.

E para fechar em grande, de repente toda a gente se despe e temos uma ponta final inédita com 5 minutos do mais intenso porno, incluindo 2 anões e um nigeriano.

Já consigo imaginar as salas de cinema em euforia!
Hollywood, não tens nada que agradecer.

Wednesday, July 13, 2005

Pequenas expressões - Parte I

Há pequenas expressões deliciosas, frases curtas que brincam com as palavras para nos entreter. Não se sabe de onde vêm, nem para onde vão, sabemos apenas que muitas caem no esquecimento e algumas tornam-se uso comum.

Desde os publicitários "Primeiro estranha-se, depois entranha-se", ou "Há mar e mar, há ir e voltar", poetas de profissão e de ocasião lançam estas pérolas de tempos a tempos, para nos inspirar com a magia das palavras. Ou simplesmente para nos safar daqueles momentos embaraçosos de silêncio em que não temos absolutamente nada para dizer.

Hoje ouvi uma simplesmente genial, para substituir a palavra "repto", livrando-nos do seu uso excessivamente formal:

"Vamos lançar um réptil"
(...)



[Não consigo tirar esta imagem mental da cabeça]

Friday, July 08, 2005

Silesian Song - Marcin Gorski



















Algumas imagens têm cor mesmo quando são a preto e branco...
Para continuar a acreditar na beleza, em tempos de luto.



Foto retirada do site www.fotografia-na.net

Thursday, July 07, 2005

World Jump Day

Dia 20 de Julho de 2006 é o World Jump Day. O site oficial é www.worldjumpday.org, e já está em contagem decrescente.

A ideia é: se no próximo dia 20 Julho 2006, 600 milhões de pessoas saltarem ao mesmo tempo em todo o mundo, o planeta Terra terá "uma ligeira mudança de órbita" que pode salvar-nos da ameaça do aquecimento global! Esta teoria é suportada por um grupo de cientistas alemães, chefiados pelo Prof. Hans Peter Niewsard de Munique, o que promete rigor e precisão a toda a prova. Deutsche technologie.

Este acontecimento levanta uma série de perguntas. Eu só tenho uma:
"E se as coisas derem para o torto?"

E se a ligeira alteração de órbita não for tão ligeira assim, o que é que acontece? Qual é o Plano B? Entramos em piloto automático? Tornamo-nos um satélite de Júpiter? Vamos jogar bowling com o sistema solar? Será que o cenário de implodirmos a Terra está fora de hipótese?

A todas estas perguntas, o Prof. Hans Peter deve ter pensado "Ah, que se lixe, eu até costumo ter sorte aos dados".

No fundo isto parece mais ideia de um português para resolver o problema do aquecimento global. "Reduzir as emissões poluentes? Poupar energia e não abrir tantas vezes o frigorífico? Protocolo de Quioto? Isso dá imenso trabalho! Aposto que se todos dessemos um salto isto ía ao sítio!"

World Jump Day. Por um mundo melhor. Ou não.

Yunnan, China














Estive a ver a lista dos "World Heritage Sites" da UNESCO, em whc.unesco.org
São 788 maravilhas do mundo, em 134 países! So many places, so little time.
Podem lá ir ver o que é que a Unesco classifica como património insubstituível da Humanidade em Portugal...

Esta é a minha "maravilha do mundo" de hoje. Província de Yunnan, no sul da China.

Enquanto houver sítios assim não me vou cansar de viajar...

Friday, July 01, 2005

O que importa é partir...

Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro
Era longe o meu sonho e traiçoeiro o mar
(Só nos é concedida
Esta vida que temos
E é nela que é preciso
Procurar o velho paraíso
Que perdemos.)
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura.
O que importa é partir não é chegar.

Miguel Torga